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Acabamentos especiais
Veloso entra nos detalhes: “O high gloss é um verniz ultravioleta normalmente aplicado
em processos serigráficos; normalmente sua camada aplicada é alta, ou seja, no proces-
so de confecção da tela são aplicadas várias camadas de emulsão para alcançar o relevo.
Por isso, o high gloss fica com uma espessura bastante alta. Quando submetido à dobra,
vinco ou sistema de corte linear pode criar um problema de aderência e se romper. Então,
a recomendação, preventiva, é sempre deixar uma área de reserva para evitar a quebra. Há
algumas formulações com alta flexibilidade, uma tolerância maior ao rompimento, mas isso
é uma questão de especificação do fornecedor. Há variações de processos, de arte, de perfil
de matéria-prima, então a prevenção é sempre fazer reservas. Faça reserva que é melhor.”
Gomes fala que grande parte dos vernizes UV high gloss é compatível com todos os tipos
de acabamento, como, por exemplo, laminação BOPP e hot stamping, mas alerta que é
necessário testar previamente para garantir a compatibilidade.
Baixa aderência ao substrato
Quando há baixa aderência do verniz ao substrato, o problema é do fabricante ou do grá-
fico? “Há uma série de fatores, sendo que os dois têm de trabalhar em conjunto. É neces-
sário maior comunicação entre os envolvidos. O que acontece muito é impresso laminado
que não oferece uma tensão superficial adequada para uma boa aderência do verniz. Mui-
tas vezes o filme não foi armazenado de forma coerente ou superou a data de validade,
fazendo com que o tratamento, que é para obter a tensão superficial necessária, aplicado
Eduardo Queiroz, químico
responsável da Tecnotintas:
“No verniz high gloss,
mesmo tendo quantidade
de sólidos maior, a
quantidade de água
presente penetra no
suporte, quando aplicado.
O valor encontrado de
brilho pelo aparelho gloss
metter, em 24 horas, será
menor do que quando
aplicado. Isso não ocorre
com o verniz UV;