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Distribuição de papéis
GRAPHPRINT SET/10
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sações com papel. Dentro da KSR não
houve uma mudança significativa nos pro-
cessos. Tivemos um cuidado muito grande
no cadastramento das nossas filiais e dos
produtos comercializados como imunes,
pois nossas operações no Estado de São
Paulo são expressivas. A partir de agora,
temos um ponto de atenção no processo
de venda, que precisa ser acompanhado
até que seja confirmado o recebimento
pelo nosso cliente”, diz Dárcio Berni, ge-
rente geral.
Felipe Moblize, diretor de estratégia e ma-
rketing da Nova Mercante, observa que a
implantação das novas regras foi um gran-
de passo para o mercado se tornar mais
maduro, além da consequente concorrên-
cia mais saudável. “Nos últimos anos as
empresas de São Paulo, principalmente
gráficas e editoras, investiram mais que
as de outros Estados, ganhando competi-
tividade. A Nova Mercante sempre seguiu
as leis que regem a comercialização de
papel imune. Com isso, não foi preciso
muitos ajustes para adequar a empresas
às novas diretrizes desse papel. Melhora-
mos o fluxo interno para que as operações
pudessem ser devidamente registradas
no sistema implantado pela Secretaria da
Fazenda do Estado de São Paulo.”
Mesmo que outros Estados relutem, São
Paulo dá as cartas nacionalmente. “A
eficiência do Recopi poderá ser o marco
para que os demais Estados implemen-
tem sistemas semelhantes de controle. As
empresas deverão buscar cada vez mais
eficiência na gestão dos seus custos e
uma diferenciação em relação ao mercado
para se manterem competitivas dentro de
um cenário de igualdade de condições”,
considera Fábio Almeida de Oliveira, ge-
rente geral da SPP-Nemo.
Paulo Vitor, analista contábil, e Reginal-
do Rocha, contador, ambos da Antalis do
Brasil, falam que as medidas aplicadas
por meio do Recopi darão outro horizonte
ao segmento: “Esperamos que Sistema
Recopi evite a destinação ilegal do papel
imune, o que tende a favorecer a ativi-
dade comercial dos bons contribuintes
diante da diminuição da comercialização
dos maus contribuintes, o que acarreta
na retração da concorrência desleal.” Já
André de Assis Pinto, gerente de negócios
imprimir e escrever da MD Papéis, credita
ao sucesso do Recopi a eficiência na fis-
Fábio Almeida de Oliveira, gerente geral da
SPP-Nemo
Paulo Vitor, analista contábil, e Reginaldo Rocha,
contador, ambos da Antalis do Brasil:
“Esperamos que Sistema Recopi
evite a destinação ilegal do
papel imune, o que tende a
favorecer a atividade comercial
dos bons contribuintes diante da
diminuição da comercialização
dos maus contribuintes, o
que acarreta na retração da
concorrência desleal.”
calização. “Acredito que toda a ação con-
trária ou irregular ao movimento não terá
sucesso”, conclui.
Enfim, estamos próximo
do fim?
Todas as ações estão sendo direcionadas
vorazmente ao combate do uso incorre-
to do papel imune. Não é de hoje que se
busca a erradicação. O trabalho é árduo
e amplo, mas o resultado positivo tem
que ser alcançado. “Atualmente, o Recopi
apresenta aproximadamente mil estabe-
lecimentos já credenciados e utilizando
o sistema. O objetivo principal do Recopi
é controlar as operações com papel imu-
ne, realizadas por empresas paulistas, e
monitorar as atividades do setor. A partir
da implantação do sistema, a tendência
será de que as empresas que praticam
operações com desvio de finalidade auto-
maticamente se posicionem à margem do
mercado. A Secretaria da Fazenda do Es-
tado de São Paulo considera fundamental
a atuação dos setores gráfico e editorial
que, juntamente com outros setores par-
ticipantes do mercado de papel, deram
contribuições importantes no desenvol-
vimento do Recopi, apresentando, por
Vitor Paulo de Andrade, presidente da
Associação Nacional dos Distribuidores de Papel