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logia que deveria ser chamada realmente de offset digital; a palavra
offset significa transferência indireta e o único equipamento que tem
blanqueta, como o equipamento offset, que faz transferência indireta
e permite preservar características técnicas de impressão no seu
processo é o modelo com tecnologia da Índigo, que por muito tem-
po foi desenvolvida e muita melhorada depois da aquisição pela HP.
São equipamentos mais produtivos e robustos, reduzem o custo de
produção, mas permitem, assim como a impressão offset, o uso de
substratos, o uso de cores especiais e acabamentos que em outras
tecnologias digitais não é possível. A impressão a laser com toner,
onde a HP é líder de mercado em outros segmentos, no nosso jul-
gamento não é a tecnologia ideal para uso em impressão comercial,
pois o impressor ou a agência de publicidade precisam que o verme-
lho de determinada marca seja o vermelho da determinada marca.
A qualidade é fundamental, o substrato tem que ser aquele que o
impressor está acostumado a usar na offset ou na digital. O aca-
bamento com laminação não pode depender de muitos processos
por causa do calor. São fatores que fazem com que a Indigo alcance
qualidade de impressão, e eu falo de “olhos gráficos” bem treina-
dos, semelhante à offset. No mercado de flexografia, onde temos
uma participação importante, a digital Indigo acaba fazendo um novo
standard de qualidade. Para a gráfica comercial o fato de ter a mes-
ma qualidade permite que o impressor decida no último minuto onde
imprimirá de acordo com custo, tempo de entrega e ocupação das
máquinas. No mesmo workflow, o impressor pode direcionar para
digital Indigo ou convencional. Por isso, a HP dá muita importância
aos fluxos de trabalho; o cliente pode ter qualquer fluxo de trabalho
que o impressor pode direcionar para onde for mais vantajoso. Na
área de etiquetas esse trabalho é um pouco mais difícil. O Esko, por
exemplo, tem conectividade direta com a HP, mas às vezes precisa
compensar a qualidade porque se imprimir em offset digital o mes-
mo trabalho, a flexografia depois não conseguirá acompanhar a qua-
lidade. No mercado de etiquetas é preciso compensar a qualidade;
na impressão offset não temos esse problema porque alcançamos a
mesma qualidade.
Revista Graphprint: Fazendo uma autocrítica, o que ainda falta
para a HP ter uma atuação perfeita na área liderada por você?
Alperowitch:
Eu costumo dizer que o nosso time é conhecido no
mercado pela alta energia que tem. Eu acho que a energia vem do
reconhecimento da imperfeição, saber que não somos perfeitos nos
traz essa energia. Todo dia de manhã a minha equipe acorda queren-
do saber como chegar melhor naquilo que nosso cliente precisa.
Um exemplo disso é a uma pesquisa anual que fazemos tanto com
os canais de distribuição como com nossos clientes; somos medidos
por essa pesquisa. Há uma pressão interna e externa para que a
melhoremos sempre. Destaco que a melhorarmos muito em servi-
ços, mas acho que a gente pode ir para o próximo nível; fizemos um
alto investimento nos últimos meses no estoque de peças local que
antes era uma deficiência, por depender de estoques de peças de
fora. Investimos em engenheiros, pois antes tínhamos poucos mui-
to bons engenheiros, até porque demora um tempo para que cada
engenheiro seja considerado em expert nesse mercado. Hoje temos
profissionais, entre HP e seus canais, bastante importantes. O pró-
ximo nível em termos de investimentos, e até agregaria às nossas
imperfeições, é que investimos num centro de treinamento com ope-
radores avançados. Aqueles que comprarem equipamentos serão
bem treinados no mais elevado nível. O centro de treinamento está
localizado em Barueri, São Paulo. O primeiro treinamento piloto já foi
feito. Outra novidade é a implementação de algumas evoluções tec-
nológicas que chamamos de Print Care, que é uma capacidade de os
equipamentos terem alto diagnóstico e suporte remoto, diminuindo
assim a necessidade de intervenção humana. Os clientes brasileiros
ainda receberão, mas é outra ação que será implantada logo. Falo
de ações que acontecerão nos próximos três meses. Investiremos
ainda no desenvolvimento do mercado. Comecei a entrevista falan-
do que quando se tem uma participação grande a responsabilida-
de é proporcional; podemos fazer mais para o desenvolvimento do
mercado. Alguns trabalhos foram muito bem feitos, mas não tenho
dúvidas que podemos fazer ainda mais. Temos obrigação de investir
no desenvolvimento do mercado. Não fizemos mal nada disso, mas
podemos fazer mais e melhor.
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GRAPHPRINT SET /10