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Equip. para impressão rotativa
GRAPHPRINT AGO/10
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governamentais, passagens, passaportes
e cartões de identidade, abre novas opor-
tunidades de mercado para muitas gráfi-
cas. Temos ainda uma linha de máquinas
com formatos variáveis, VSOP (Variable
Sleeve Offset Printing), que oferece troca
de formato simples e rápida para o pro-
cesso de impressão offset. É uma solução
total para as mais variadas aplicações e é
utilizada nos seguintes mercados: impres-
são de etiquetas - etiquetas envolventes
de filme ou papel (wrap-around); filmes
termoencolhíveis (shrinks); etiquetas de
cola líquida (wet-glue); etiquetas autoa-
desivas; etiquetas IML (in mould label);
impressão de embalagens flexíveis: fil-
mes, laminados, embalagens para pro-
dutos alimentícios e impressão de caixas
de cartão/papelão: caixas dobráveis, em-
balagens de bebidas, revestimento para
papelão ondulado”, explica Sette.
Dalama avalia a tendência do mercado:
“A grande tendência em rotativas é o in-
cremento que elas causaram no segmen-
to dos rótulos e etiquetas com recursos
de identificação altamente tecnológicos,
elementos de segurança gráfica, códigos
lógicos para rastreabilidade, autenticida-
de de produtos e certificação de origem.
A busca é atender padrões globais de lei-
tura, visando rastrear desde paletes até
o produto individual. Então, os prognósti-
cos são de grandes demandas por esse
tipo de equipamento que possa produzir
soluções para a próxima década. A ver-
dade é que os processos tradicionais de
impressão, combinados, têm contribuído
definitivamente para a transmutação do
segmento. Basta observar o crescimento
inegável dos rótulos de filme wrap around
e os termoencolhíveis, que ganharam
definição e qualidade de impressão para
enfrentar a guerrilha nas prateleiras dos
supermercados.”
Processo de cura UV
A secagem UV nas máquinas rotativas,
para a KBA, é um assunto a ser discuti-
do: “Nossos técnicos ainda questionam o
alto custo de operação destes secadores,
além do risco para a saúde dos operado-
res”, frisa Dutra. Na opinião de Möller, o
processo já é uma realidade e com grande
tendência de crescimento, especialmente
nas rotativas em torres. “É superinteres-
sante como alternativa ao heatset para
impressoras comerciais horizontais. Con-
viverá, e não substituirá o HS, ocupando
um espaço alternativo interessante, pois
oferece vantagens e desvantagens para
diferentes produtos. É uma tecnologia
de menor investimento e menos custo
operacional, com algumas limitações, se
comparada ao HS, mas com algumas van-
tagens. Por exemplo: como não é um pro-
cesso térmico, não há perda de umidade
e, consequentemente, não há formação de
waving no substrato; também não há res-
trições ambientais, não sendo necessária
a utilização de after burner para pós-com-
bustão de gases.
O grande limitador para o crescimento
da tecnologia era o preço da tinta, mas a
entrada de novos fornecedores, inclusive
com fabricação local, em São Paulo, mu-
dou o cenário. Não há dúvida que veremos
cada vez mais produtos sendo produzidos
com tintas e cura UV. Há mudança de pa-
radigmas nesse mercado.”
Decisão
A pergunta que não que calar: investir
num upgrade ou comprar um novo mode-
lo? Qual o melhor caminho? Certamente
essa questão vive na cabeça do gráfico.
“Depende do projeto. Num equipamento
obsoleto, o upgrade pode custar tão caro
que será mais vantajoso investir num iné-
dito”, avalia Dalama.
Novos equipamentos estão mais bem
colocados na classificação do mercado.
“O melhor investimento é, sem dúvida,
comprar um equipamento novo, pois as
mudanças entre gerações são gritantes.
Os equipamentos novos estão equipados
com dispositivos que aumentam a quali-
dade e reduzem o desperdício. São mais
preocupados com o ambiente e econo-
mizam energia. A Komori, por exemplo,
possui um sistema de automação KHS AL
que opera todos os itens automaticamen-
te, desde o alimentador até a dobradeira”,
fala Saco.
Há quem acredite que ambos os caminhos
são válidos; tudo depende das necessida-
des dos clientes. “Depende do nível de
investimento que o cliente quer fazer. O
simples fato de realizar um upgrade não
significa que os resultados serão satis-
fatórios. É preciso muito estudo e nesse
ponto nossos técnicos auxiliam o cliente
completamente”, avisa Dutra.
Idade do equipamento é outro indicador
importante. “O melhor é investir em no-
vos modelos, pois as atualizações são
constantes. Por outro lado, se o empre-
sário possui um equipamento não muito
velho, com aproximadamente cinco anos
de uso, deve estudar o upgrade. Após
esse período, novos modelos são lança-
dos e o upgrade dos antigos é inviável”,
avisa Sette.
Enfim, há casos e casos. “Depende da
rotativa que a empresa possui e do
produto que deseja produzir. Em uma
rotativa comercial os upgrades costu-
mam estar relacionados à automação
do processo, para aumentar qualidade
ou eficiência. No caso de uma rotativa
de jornal, a motivação inicial para up-
grade costuma ser a necessidade de
aumentar a capacidade de paginação
em cores. Em grande parte dos casos,
o aumento do número de unidades cos-
tuma ser um mau investimento, pois
torna os custos de produção ainda mais
altos. Muitas vezes, a troca de modelos,
com cut-off mais adequado e tecnologia
mais apropriada, para as necessidades
atuais mostra-se um investimento que
trará muito mais retorno e lucratividade.
Mas, repito, cada caso tem suas parti-
cularidades e deve ser avaliado indivi-
dualmente”, pondera Möller.