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EQUIP. PARA IMPRESSÃO ROTATIVA
GRAPHPRINT AGO/10
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Conforme ranking da Euromonitor, empresa que forne-
ce inteligência de mercado sobre diversas indústrias
há 30 anos, o Brasil é o oitavo colocado na avaliação
de leitura (livros) por habitante. A média brasileira é de
4,7 livros por ano por habitante; nos países desenvol-
vidos a média salta para 12 livros por ano.
Ainda distante do ideal, hoje alguns estudos com-
provam que o cenário pode ser revertido. Segundo
pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Eco-
nômica Aplicada (Ipea), a partir de dados da Pesqui-
sa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
o Brasil reduzirá a pobreza a apenas 4% da popu-
lação até 2016.
O estudo evidencia que entre 1995 e 2008, 12,8
milhões de brasileiros saíram da condição de po-
breza absoluta (caracterizada por renda domiciliar
mensal per capita de até meio salário mínimo). Já
no caso da pobreza extrema (renda per capita de
até um quarto do salário mínimo), o contingente que
deixou essa condição no mesmo período foi de 12,1
milhões de pessoas.
Favorecida pela economia
efervescente, mesmo ganhando
novos competidores, como é o
caso dos e-books, a impressão
rotativa rompe fronteiras. Com
rápidos acertos e qualidade de
impressão semelhante à plana,
nem a redução de tiragens, por
exemplo, é um obstáculo.
Pronta para
a demanda
Fábio Sabbag
Se levarmos em consideração que em quase uma década o País ganhou 40 mi-
lhões de novos leitores, caso o sistema educacional atenda à crescente deman-
da, outros tantos milhões de leitores irão em busca de novidades.
Todos esses indicadores favorecem a indústria gráfica, seja sob demanda ou para
médias e grandes tiragens. “O crescimento da economia, principalmente na clas-
se C, puxa a demanda por serviços impressos e isso diz respeito ao mundo das
rotativas”, fala Eduardo Gândara Costa, presidente da Associação Brasileira das
Empresas com Rotativas offset (ABRO)
Nuanças
Definitivamente o e-book entrou no mercado editorial. De abril a maio de 2010
foram vendidas 740 mil unidades no mundo, sendo que no primeiro quadrimestre
do ano, conforme dados da Digitimes Research, 1,4 milhão de aparelhos foram
comercializados.
Conforme a consultoria americana PricewaterhouseCoopers, o mercado de e-
books passará de US$ 1,1 bilhão – índice atingido em 2009 – para US$ 4,1
bilhões até 2013. A chegada dos aparelhos de leitura portátil, num cenário onde
a demanda tende a oscilar, de acordo com a necessidade do cliente, acaba se
tornando natural.
Natural também é a capacidade de superação de uma indústria. “A indústria grá-
fica quer automação embarcada que permite alta qualidade e máxima produti-
vidade, traduzida em baixo desperdício de materiais e setup curtos. As gráficas
buscam equipamentos que diminuam etapas e capazes de memorizarem proces-