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MANEJO RESPONSÁVEL
GRAPHPRINT AGO/10
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Organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Sistema
Integrado de Bolsas de Resíduos conta com mais de 6300 empresas que
vendem, compram, trocam ou doam sobras de processos industriais,
como plásticos, papéis e sucatas metálicas.
O sistema, que em julho completou um ano de atividades, reúne em um
site
as bolsas de produtos recicláveis de Bahia, Goi-
ás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Sergipe e Espírito Santo. A
integração das bolsas permite, por exemplo, que uma empresa de Minas
Gerais negocie recicláveis com indústrias do Paraná ou da Bahia.
A permuta dos resíduos
Integração de bolsas de resíduos industriais facilita negócios.
“A unificação dos dados das empresas de todo o País am-
pliou o acesso às informações sobre as indústrias que ofe-
recem e as que usam resíduos”, fala Adilson Luis de Paula
Souza, coordenador do sistema. No site do Sistema Integra-
do de Bolsas de Resíduos, os empresários cadastrados po-
dem verificar a demanda e a oferta de diversos materiais em
cada Estado, sem precisar fazer buscas em diversos sites.
“Isso amplia o campo de negociação das empresas”, des-
taca Souza.
Segundo ele, o sistema garante às empresas a compra de
resíduos sem contaminação e fornece informações sobre as
negociadoras que têm licença ambiental para fazer a des-
tinação das sobras de acordo com a legislação. “O sistema
também estimula os empresários a repensarem o gerencia-
mento dos resíduos.”
No site do sistema podem ser encontrados mais de 550
anúncios de 6.331 empresas de oito Estados. As empresas
têm acesso às informações sobre compra e venda de resídu-
os de plásticos, máquinas e equipamentos, metais, papéis,
químicos e borrachas, madeira e resíduos de construção e
demolições. Para participar do sistema, cada empresa rece-
be um código depois de preencher o cadastro com CNPJ e
registro de qual tipo e característica de resíduo pretende ne-
gociar. “Pelo código, a empresa faz o anúncio do que deseja
e a administração do sistema verifica se há interessados em
comprar ou vender aquele material. As informações são re-
passadas aos empresários para que eles acertem os valores
e as formas de entrega do produto”, diz Souza.
Uma das empresas que participam do sistema é a mineira
Bemplast Indústria e Comércio, de Betim, na região metro-
politana de Belo Horizonte. A indústria colocou um anúncio
no site da bolsa e encontrou um fornecedor de resíduos de
filme de plásticos para ser aproveitado na fabricação de tu-
bos de polietileno. “Uma empresa de Contagem fornecerá
500 quilos de resíduos por mês. Serão seis toneladas em um
ano. Vamos utilizar esse produto como matéria-prima para
produção de tubos para construção civil, fiação e irrigação”,
informa Ivana Serpa Braga, gerente-geral da Bemplast. A
empresa recicla 200 toneladas de plástico por mês e produz
60 toneladas de tubos de polietileno por mês.