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ARTIGO
GRAPHPRINT JUN/10 ed. nº 100
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Um estudo realizado pelo Sebrae em conjunto com a Abi-
graf, em meados do ano passado, traz um retrato do mer-
cado gráfico brasileiro sob vários aspectos. Entre eles,
a pesquisa apurou como andam as ações de marketing
neste universo de 1.200 empresas ouvidas. Segundo os
dados apurados, 45% das gráficas do País não fazem ne-
nhum tipo de ação de marketing e, quem faz, não realiza
a tarefa de maneira estratégica ou sistemática. Neste
caso, são ações simples, que envolvem, na grande maio-
ria dos casos, apenas propaganda.
Infelizmente, os termos marketing e propaganda ainda
se confundem no dia a dia das empresas. Propaganda é,
sem dúvida, uma das ferramentas do marketing. Porém,
Marketing na indústria gráfica:
imprimindo resultados
* Por Elaine Almeida
as ações de marketing vão muito além da propaganda e englobam desde estudos
e criação de produtos até estratégias para distribuição e resultado de vendas, além
de treinamento de funcionários para obter excelência no atendimento ao cliente.
Como fornecedora de soluções gráficas, a vanguardista Ferrostaal adota as fer-
ramentas do marketing moderno para potencializar vendas. A empresa também
acredita que o departamento deva ser a porta aberta entre os produtos fornecidos
e o cliente, tanto no antes e no durante, como no pós-venda. Isso porque torna-se
estratégico, tanto do ponto de vista do marketing como da área comercial, que o
gráfico, antes de se tornar cliente, conheça a linha de produtos e esteja sempre à
vontade para questionar e esclarecer suas dúvidas sem sentir-se coagido a com-
prar, porque oferecemos o direito régio de ir e vir.
Mas para agir desta maneira, a empresa precisa ter, antes de tudo, bons produtos
a oferecer. Porque só dá liberdade ao potencial comprador quem sabe que ele vai
olhar, comparar e certificar-se, por si só, de que a melhor relação custo-benefício
está ali, sob a sua marca. Não há como fazer marketing sério sem ter o que expor
na vitrine.
Grama do vizinho
A Ferrostaal também foi uma das primeiras empresas a dar voz ativa a seus clien-
tes. Um cliente satisfeito é uma excelente ferramenta de marketing. Mais eficaz
ainda é quando este cliente fala para seus colegas gráficos sobre os predicados de
seus equipamentos e as conquistas realizadas graças a estas aquisições.
Hoje, podemos lançar mão deste tipo de estratégia, porque a visão do gráfico sobre
concorrência mudou. Antigamente, a compra de novas soluções para equipar a grá-
fica era considerada segredo de estado. Ninguém podia saber do investimento do
vizinho. Hoje, ao contrário, uma compra bem-sucedida é motivo de orgulho e denota
que a empresa está crescendo. Por isso, em encontros promovidos pela gerência
de marketing da Ferrostaal, o microfone é disputado entre nossos clientes, que
fazem questão de falar sobre a otimização conquistada por meio dos investimen-
tos corretos em máquinas e equipamentos de impressão e pós-impressão. Assim,
unimos dois elos fundamentais da corrente: o cliente que comprou e está satisfeito,
e aquele que ainda não comprou, mas tem intenção de investir. A concorrência? A
concorrência mudou, o mercado mudou e o consumidor de produtos gráficos tam-
bém mudou. Por isso, não há por que esconder o jogo: as cartas estão na mesa e o
vencedor deve mostrá-las para a plateia.
*Elaine Almeida é gerente de marketing da Ferrostaal