Além disso, dados indicaram que 20,7% dos estabelecimentos gráficos cresceram entre 21% e 30% e 8,6% aumentaram em mais de 30% suas receitas
A Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) divulgou nesta semana os resultados da Pesquisa “O impacto das eleições na Indústria Gráfica 2024”.
O levantamento, realizado entre os dias 19 de setembro e 2 de outubro, contou com a participação de estabelecimentos gráficos de diferentes portes de todo o Brasil e abordou temáticas como base de equipamentos instalados, número de funcionários, possibilidade de contratação de mão de obra temporária no período eleitoral, impacto das eleições no faturamento, volume de impressos tipicamente usados em campanhas políticas, e a visão dos empresários em relação à concorrência das mídias digitais em detrimento dos materiais impressos.
Neste ano, a pesquisa apontou que a média de crescimento no faturamento nos meses de campanha ficou em 20% para 50% das empresas em relação a um período normal; 20,7% dos participantes afirmaram terem crescido entre 21% e 30%, e 8,6% aumentaram em mais de 30% suas receitas.
Os tradicionais “santinhos” se sobressaíram em relação ao tipo de material de campanha impresso (93,1% das gráficas imprimiram esse tipo de material), seguidos por folhetos (impressos em 84,5%), colinhas (em 69% das gráficas) e preguinhas. Outros materiais impressos citados nas pesquisas e que são típicos do período eleitoral incluíram cartazetes, volantes, adesivos veiculares, bandeiras e bandeirolas, folders e revistas.
Na divisão por estados, quase metade das gráficas participantes da pesquisa da Abigraf sobre o impacto das eleições no faturamento das empresas está localizada no estado de São Paulo (49,4%); o segundo lugar em números de estabelecimentos que responderam à pesquisa está o Rio Grande do Sul (17,3%), seguido de Santa Catarina (7,7%), Espírito Santo (5,1%), Bahia (4,5%), Paraná (4,5%) e Minas Gerais (3,8%).
Ainda em relação aos participantes do levantamento, 27,6% foram de gráficas promocionais, 22,4% de empresas atuantes no segmento de embalagens, 15,4% de outros segmentos não especificados, e 14,1% do mercado de rótulos e etiquetas. O segmento editorial contou com a participação de 11,4% do total, e o de comunicação visual com 6,4%.
A maioria das empresas participantes (49,4%) também está localizada em grandes centros, em cidades com mais de um milhão de habitantes. Em seguida, estiveram municípios entre 500 mil e 200 mil habitantes (correspondentes a 13,5% dos participantes), entre 100 mil e 50 mil (11,5%), cidades entre 1 milhão e 500 mil habitantes / cidades com menos de 50 mil moradores (ambos com 8,3%) e, por fim, cidades entre 200 mil e 100 mil habitantes (7,7%).
Destas, 37,2% responderam estão imprimindo campanhas políticas, 21,2% poderiam imprimir (mas não receberam pedidos) e 41,7% das empresas que responderam não imprimem esse tipo de material.
Mão de obra
A contratação de mão de obra temporária para o período eleitoral também foi um tema relevante abordado na pesquisa da Abigraf. Apesar do aumento geral das receitas no período eleitoral para as gráficas que produzem esse tipo de material (37,2% do total dos participantes), o crescimento no faturamento não se refletiu na contratação de trabalhadores temporários.
O quadro de colaboradores se manteve o mesmo para 83,3% das empresas, as quais não observaram aumento de demanda que justificasse uso de mão de obra temporária ou contratações. Apenas 16,7% afirmaram terem contratado funcionários para o período eleitoral, e, entre estas, o percentual de mão de obra contratada especificamente para esta época correspondeu em até 10% em relação ao quadro atual de colaboradores para 73,1% dos participantes; 19,2% tiveram aumento entre 11 e 25% no quadro de funcionários, e 7,7% cresceram entre 26 e 50% seu número de colaboradores para atender à demanda eleitoral.
O setor de acabamento foi o que mais contratou mão de obra para o período eleitoral (80,8%), seguido de impressão (26,9%) e pré-impressão (3,8%).
Mídias digitais
Apesar de as mídias impressas serem igualmente ou mais confiáveis para os eleitores na opinião de 84,5% dos participantes do levantamento da Abigraf, a maioria das gráficas notou o aumento da preferência por parte dos políticos pelas plataformas digitais para suas campanhas, visão compartilhada por 55,2% dos que responderam à pesquisa.