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Dados consolidados da Abiquim confirmam segundo ano consecutivo com queda na produção da indústria química

12/03/2020 - 15:03

A demanda do segmento de produtos químicos de uso industrial registrou o segundo declínio consecutivo em 2019, após ter crescido no biênio 2016-2017. O consumo aparente nacional (CAN) encolheu significativos 7,3%, enquanto que em 2018 o recuo foi de 1,4%; a produção caiu 5,74%, no ano anterior a queda foi de 4,23%; e as vendas internas caíram 1,81% e em 2018 haviam caído 0,9%, segundo dados consolidados do desempenho do setor em 2019, levantados pela Associação Brasileira da Indústria Química - Abiquim.

Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, as principais razões para a queda no desempenho do setor foram a desaceleração econômica interna ao longo do ano, vale lembrar que as estimativas iniciais indicavam um crescimento do PIB de 2019 superior a 2% e o ano acabou fechando com 1,1%, metade do que se previa, as conturbações advindas dos conflitos comerciais entre Estados Unidos e China, e a instabilidade em alguns países da América do Sul, que reduzirem as compras advindas do Brasil.

Em 2019, o setor também teve dois recordes negativos em sua série histórica de 30 anos. Os produtos importados responderam por 43% da demanda interna e o uso da capacidade instalada do setor ficou em apenas 70%, o que resultou na ociosidade recorde de 30%.

O ano de 2020 começou com um crescimento na produção de 8,80% em janeiro em relação a dezembro do ano passado, mas queda de 4,72% em comparação com janeiro de 2019. Mas em relação ao índice de vendas internas, janeiro teve um crescimento expressivo de 19,24% sobre dezembro e 4,64% acima de igual mês do ano passado. A utilização da capacidade instalada aumentou um pouco em relação à média de 2019 e fechou em 74%.

“Após a significativa melhora verificada entre o final de 2016 e 2017, o índice de vendas internas permaneceu em um patamar muito baixo nos últimos três anos, mas os dados mais recentes, acumulados dos últimos 12 meses encerrados em janeiro de 2020, apontam uma tendência de melhora. Todavia, ainda não sabemos qual será o impacto do coronavírus sobre o setor, especialmente entre os meses de março e abril”, avalia a diretora da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.

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