Revista Graphprint - Edição 194

Consumo GRAPHPRINT Nov/Dez 2019 41 Movimento de visita ao ponto de venda em ascensão O crescimento da frequência de compras em 7% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado significa uma visita a mais aos estabelecimentos no período Pintou mais uma notícia boa para o mercado: no segundo trimestre de 2019, o mercado brasileiro de bens de consumo massivo registrou índice positivo de frequência de compra. É a primeira vez que isso acontece desde o mesmo período de 2018, de acordo com o le- vantamento Consumer Insights da Kantar, empresa de dados, insights e consultoria. No período de julho a setembro deste ano, a quantidade de idas ao ponto de venda cresceu 7%, o que significa que, em média, as famílias fizeram uma visita a mais aos estabelecimentos para se abastecer. Além disso, o volume médio em unidades compradas também aumentou 2,1% e o gasto médio em 3,5% para consumo dentro do lar em relação ao trimestre anterior. Fora do lar, a frequência também regis- trou crescimento de 3,5%. Este número indica que, nesse período, as famílias fize- ram uma refeição a mais em restaurante, churrascaria ou outros estabelecimentos comerciais, por exemplo. Entre as regiões que se destacam estão Grande Rio de Ja- neiro, Leste e Interior do Rio de Janeiro, Centro-Oeste e Grande São Paulo, nesta ordem. No período analisado, quase todas as cestas se recuperaram, em especial as de perecíveis e mercearia doce. No longo prazo, ou seja, nos últimos 12 meses terminados em setembro de 2019, em comparação ao mesmo período do ano anterior, o indicativo não é positivo, apesar de o pessimismo da população ter caído de 20% para 15%. Considerando consumo dentro do lar, a frequência de compra caiu 2% e o volume médio de unidades retraiu 4,1%. Fora do lar, a frequência baixou 7,4%, o que signi- fica deixar de fazer seis almoços ou janta- res na rua no intervalo citado. Ou seja, nos últimos anos, devido à re- dução da renda e ao aumento do endivi- damento, os itens de FMCG passaram a pesar cada vez mais no bolso, obrigando os brasileiros a fazer escolhas e repensar o consumo na tentativa de manter o mesmo padrão. Com limitações financeiras, as fa- mílias cortaram gastos e elegeram os itens que consideram indispensáveis para man- ter no carrinho. No momento desta decisão, cada classe ra- cionaliza de uma maneira. Em linhas ge- rais, a classe AB, que perdeu mais de 500 mil lares devido à crise, reduziu o volu- me médio comprado, enquanto as classes CDE diminuíram as visitas aos estabele- cimentos.

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