Revista Graphprint - Edição 182

GRAPHPRINT DEZEMBRO 17 Eventos 29 as palestras terem sido cirúrgicas nas necessidades atuais do empresário gráfico. “Os temas foram explorados de forma muito coerente e consistente para que o gráfico entenda que ele tem que sair da casinha, arregaçar as mangas e se jogar no mercado em busca de soluções. O caminho foi dado com muita competên- cia pelos palestrantes.” Segundo Cidnei, o seminário também serviu para enterrar de vez a desconfiança de alguns empresários quanto ao futuro do setor. “Só quem reclama e não age é que teme o futuro. O seminário, com 300 participantes, união das entidades do Sul, participação de líderes da Abigraf Nacional, engajamento de empresários e com expositores de peso no mercado gráfico, mostrou que o setor está mais vivo do que nunca. Quem participou, seguramente está passos à frente da concorrência.” A pá de cal na desconfiança quanto ao futuro da indústria gráfica também foi comentada pelo presidente do conselho diretivo da Abigraf Nacional, Julião Flaves Gaúna. “Fiz questão de vir acom- panhar de perto este evento para ter ainda mais subsídios para expor a todos os que insistem em falar no fim do setor. A grandeza deste seminário, o nível dos participantes e dos palestrantes deixa claro que há um grande movimento em busca de soluções e de preparação para as novas demandas. Há, sim, uma transforma- ção, e quem não se atentar para ela corre mesmo o risco de ter sérios problemas.” Para o presidente do Sigep e vice da Fiep, Abilio de Oliveira San- tana, o seminário atingiu o objetivo ao instigar os participantes a refletirem. “A forma como os palestrantes colocaram as infor- mações naturalmente deixa o participante com o sentimento de que precisa fazer algo por sua empresa. Ou seja, ele sai daqui com uma oportunidade clara de repensar ações, rever conceitos e começar a mudar o rumo do seu negócio. No fundo, praticamente todo mundo sabe disso, mas só se dá conta quando tem o privilé- gio de ouvir isso de vários especialistas.” EXEMPLOS A concordância e a cobrança dos três presidentes das Abigraf’s do Sul quanto à importância dos empresários reciclarem conheci- mentos para saírem da zona de conforto e melhorarem seus resul- tados ganha respaldo quando se vê no seminário representantes de duas das mais premiadas gráficas do Paraná no tradicional Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobri- nho. Vicente Linares, diretor da Corgraf, de Colombo, e Edson Ben- venho, diretor da Midiograf, de Londrina, são exemplos em sempre participarem de eventos de atualização profissional e em busca- rem diferenciais para suas empresas. Para Benvenho, um seminário que se propõe a apresentar temas para o empresário refletir sobre o futuro do seu negócio é lugar mais do que obrigatório para quem quer se destacar. “É um evento para dizer ao empresário que mudou o jeito de fazer as coisas e que sem tecnologia, gestão e diferenciação ele vai ser engolido pelas transformações do setor.. Benvenho fala com autoridade. Sentindo as mudanças do merca- do e a diminuição de pedidos, o empresário tratou de inovar. Uma das ações foi ingressar no mercado de realidade aumentada (téc- nica que explora a inserção de objetos virtuais no ambiente físico, mostrada ao usuário em tempo real com o apoio de algum dispo- sitivo tecnológico, como smartphone). Com parceiros, a empresa criou o seu próprio aplicativo, que ajuda a destacar os impressos explorando o fato de todo mundo hoje ter smartphone. Isso, de acordo com Benvenho, ajuda na atração de clientes para a gráfica. Com esta e outras ações, o faturamento da empresa deve crescer 15% em 2017. Na Corgraf, apesar de não divulgar números, também haverá cres- cimento real em 2017. Tudo por conta da busca incessante pela diferenciação de produtos e no atendimento. O próprio material de apresentação da empresa, em formato de abacaxi, que recebeu inúmeros prêmios, já demonstra a sede por não ficar na mesmice. “Já é da história da Corgraf querer fazer o que é o difícil, o inespe- rado, o surpreendente. É nossa forma de ganhar espaço. Para isso, sempre acompanhamos de perto as tendências e as possibilida- des de inovação. É o motivo de eu estar aqui neste importante se- minário. Sempre que saímos de nosso habitat conseguimos captar novas ideias e soluções para nossos clientes”, disse Linares. PALESTRAS Com uma grade bem diversificada e complementar, as palestras foram do riso à apreensão e da reflexão à certeza da necessida- de de mudanças. Cada um ao seu modo, os palestrantes deram o recado e saíram aplaudidos com tamanha quantidade de boas informações enriquecedoras fornecidas aos participantes. O especialista em áreas de venda e liderança e coordenador téc- nico de Negócios do IEL, João Carlos B. Souza, abordou o tema Criatividade, Inovação e Mudança”, convidando os participantes a “saírem da caixa”, o que, para ele, não é sair por aí fazendo tudo sem pensar, mas sim buscar referências para estimular a criatividade nos negócios. Segundo Souza, a mesmice é o grande fator de estagnação, já que muitas empresas erram e até acertam sempre da mesma forma, sem nunca se preocuparem em fazer diferente. O palestrante recomendou mudanças, que começam, segundo ele, colocando-se ideias em práticas, arriscando e ou- sando, mesmo que haja erro. Com o tema Reinvente-se, a empreendedora, administradora de empresas e coach Indakéia Marisol Lima, destacou que somos condicionados a focar em problemas e não em soluções: “Já re- parou que as pessoas adoram falar que estão com algum tipo de dor? E falar de coisas ruins atrai mais coisas ruins. Na empresa é

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