Revista Graphprint - Edição 176

3 GRAPHPRINT MAIO 17 EDITORIAL Transformar para competir Semprequepintadúvida ou começa anascer algumadiscussão, aprimeira reação das pessoas é digitar Google e assimmuniciar o próprio arsenal de argumentos.Antigamente, usávamos a Barsa para isso. Hoje, ao comentar- mos sobre a enciclopédia, a molecada vai entender Barça, sim, o time de futebol catalão. Sinal dos tempos. Tudo bem, voltemos ao Google. Você acredita que essa ferramenta já sen- te algumas mudanças nas plataformas de busca? Sim, as campanhas de marketing digital (links patrocinados), em 2016, sentiram a prevalência da busca paga em dispositivosmóveis (registrada ao longo de todo o ano) e o aumento da eficiência de campanhas com links patrocinados. Isso resulta nageraçãodemaior tráfegoaumcustomenor, alémdeevidenciar aascen- são do formato “ShoppingAds”, ou listas de produtos com link direto para compra no display principal doGoogle. As mudanças foram registradas por meio do relatório Paid Search Trends, da iProspect, agência de marketing digital full performance presente em 52 países. O estudo é organizado nos EUA e baseado no rastreamento de mais de 176 mil campanhas online ativas em vários países, referentes a 1.300 contas do Google AdWords. De acordo com o relatório, campanhas de busca paga em 2016 entregaram grande crescimento (considerando a comparaçãoanoaano) emaior eficiência, comexpansãodedoisdígitosem impressões (19%) e clicks (15%), além de um decréscimo geral de 5% no custo por click (CPC). Agora, cá entre nós, faz tempo que você não ouve falar em crescimento de dois dígitos, né? Repare no parágrafo acima que as mudanças - às vezes assustadoras - também trazemnovospontosde reflexão; ede crescimento. Vivemos mais velozes e a impressão tem de - ou tende - a acompanhar essa rapidez. Não adianta reclamar, ou acelera ou responde pela posição de retardatário. Por sua vez, a publicidade está cada vez mais ligada ao emocional. Lite- ralmente escrevendo. Recentemente o jornal The Australian publicou que o Facebook lida com a vulnerabilidade emocional de jovens para promover determinado tipo de publicidade. De acordo com o relatório de 23 páginas, produzido por dois altos executivos do Face, e obtidos pelo jornal austra- liano, algoritmos da rede determinam o momento exato em que jovens precisam de um aumento de confiança. De acordo com o documento, o Facebook consegue monitorar, via fotos e postagens, quando o jovem se senteestressado,derrotado, sobrecarregado,ansioso, fracassado,entreou- tros sentimentos. Omailing poderia ser repassado a um grande banco com milhares de contatos de jovens, um público- -alvo da entidade financeira. O Facebook, em um primeiromomento, disse que iria apurar a falha. Depois, rebateu dizendo que a reporta- gem era falsa. Enfim, não cabe aqui entrar nessa discussão se o Face está certo ou se o jornal tem razão. Fato é que estamos sendomonitorados. E es- tudados. É a era da transformação. Olhe com atenção a sua volta. Vai observar que elas são comuns e inevitáveis.ANetflix substituiu loca- doras de filmes e já compete vorazmente com os canais de TV; o Uber almeja ser o principal meio de locomoção. Atente-se, pois as transformações sempre ocorreram. O quemudou foi a velocidade. De- finitivamente, nossas ações determinarão se o impacto vai ser positivo ou negativo.As cartas estão namesa, descarte commaestria. Saudações GRAPHPRINTENSES! Fábio Sabbag

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